Quem sabe se você colocar mais açúcar, uma pitada de sal, farinha e alguns ovos talvez? Se pesar a mão na água, a massa pode ficar mole demais. Se não deixar descansar, ela pode desandar. Mas sempre depende do prato que você está fazendo, a qual paladar quer agradar, onde vai servir, massa mais fina ou mais espessa, vegana ou não. Enfim, tudo depende. E se até nas receitas é preciso objetivo, equilíbrio e consistência, que dirá para as marcas.
Não são tempos fáceis para o diálogo, para a atenção nem para a interpretação de texto. Há sempre correria, falta de tempo e uma certa aversão a tudo que desafia a velocidade das coisas. Então, muitas vezes, pouco importa o que está escrito ou o que o outro tem a dizer.
Em uma época em que tudo é efêmero, estamos sempre querendo mergulhar em todas as efemeridades possíveis. Mais vale a modinha, o meme, aquele influenciador ou aquele assunto que está bombando. E a pergunta básica: isso faz sentido para você e sua marca? É relevante para o seu público? Tentados a fazer tudo, acabamos perdendo a consistência.
Novas formas de interação e o medo de ficar de fora
A internet é uma das grandes responsáveis por novos contextos vivenciados pela sociedade. O ambiente virtual é capaz de conectar indivíduos e marcas, estreitando limites geográficos e impulsionando a comunicação de forma muito mais rápida. Por meio da comunicação digital, as marcas se apresentam, tentam se destacar, e o público interpreta suas ações, buscando possível identificação com elas.
Assim, essa interação virtual se tornou determinante para as empresas, principalmente nas redes sociais, visto a possibilidade de estreitar laços e aproveitar vantagens comunicativas das ferramentas digitais. Entretanto as facilidades dessas interações também causam um grande fluxo de informações recebido pelos usuários conectados, tornando a comunicação exacerbada.
Passamos por um momento de hiperconexão, hiperaceleração e hiperinformação, o que ajuda a fomentar essa cultura do efêmero e imediatismo, gerando certo receio de ficar por fora dos acontecimentos e tendências que ocorrem nas plataformas digitais. O que seria o FOMO (Fear of Missing Out ou “medo de ficar de fora”), termo que apareceu pela primeira vez num artigo do estrategista de marketing norte-americano Dan Herman, publicado no ano 2000. Depois, em 2004, um aluno de administração de Harvard, Patrick McGinnis, cunhou a sigla.
Então, outra forma de desandar a receita é, justamente, a marca mudar de conceito apenas para surfar a onda do momento, atendendo a uma falsa demanda, e o seu consumidor fica sem entender.
Como construir uma marca forte e consistente
Dessa forma, um bom trabalho de marketing e comunicação é essencial para que as marcas não percam a consistência, isto é, a capacidade de uma empresa manter as suas ações alinhadas aos seus valores, propósito e identidade.
Isso, claro, exige esforços contínuos e flexibilidade. É preciso equilibrar todos os elementos às novas tecnologias e comportamentos dos consumidores, com uso padronizado de design, identidade visual, slogan e aplicação do conceito e objetivos em cada campanha.
Em longo prazo, a marca pode se tornar ainda mais consistente, trazendo diversas vantagens importantes diante de um mercado cada vez mais competitivo, como:
– Diferenciais significativos
É fundamental que a marca mantenha seus valores e objetivos, criando ações de destaque. Com gestão, estratégia de branding e marketing, ela se mantém competitiva no mercado.
– Autoridade
Com trabalho constante, a marca ganha mais espaço no mercado, alinhando seus valores aos seus diversos públicos e aumentando, inclusive, o seu faturamento.
– Fidelização
Os consumidores desejam marcas que estejam alinhadas aos seus pensamentos e cultura. Quando eles se identificam com a marca, se tornam defensores. Assim, o reconhecimento e confiança gera fidelização e também potencializa a autoridade.
– Humanização
Perceber as necessidades e objetivos do público é fundamental para gerar conexão com o público. Ao priorizar o diálogo, com conteúdo relevante, as empresas conseguem se relacionar e efetivamente “entrar” na vida do consumidor, estreitando laços. As pessoas desejam marcas que contem sua verdadeira história.
Dessa forma, a consistência de comunicação é essencial. Todos devem abraçar as efemeridades e conteúdos que fazem sentido para a estratégia e conceito da marca. É importante que a integração a certas ações e movimentos seja de forma verdadeira e genuína, isso deve fazer parte da cultura da marca. Não tem exatamente uma receita de bolo e não há profissionais numa prateleira de supermercado. É necessário experimentar sempre até chegar ao ponto certo, e do jeito certo.
Quer saber mais como construir marcas fortes? Fale com a gente.