Quando você toma seu café, abre um aplicativo no celular, separa seu material de trabalho, pega o elevador, toma um ônibus, enfim, todas as atividades do dia a dia envolvem design.
Foi necessário que alguém pensasse criativamente para encontrar alternativas para os problemas cotidianos, indo muito além apenas do apelo visual. Seja para um produto ou um serviço, é por meio do design que algo pode ser feio ou bonito, sim, mas também funcional, impactante ou diferenciado, ter valor ou não, influenciando, inclusive, na compra e usabilidade.
O que é design?
Essa não é uma pergunta fácil de se responder, pois design é um conceito amplo, complexo e multidisciplinar. De forma bem resumida, o termo foi disseminado durante a revolução industrial (apesar do conceito já ter sido utilizado bem antes), pensando na fabricação de produtos em larga escala, a fim de se tentar reproduzir a estética dos produtos elaborados manualmente até então pelos artesãos.
O termo design utilizado no Brasil é do inglês e quer dizer projetar, criar ou inventar algo para determinado propósito. Mas é latina a origem da palavra, do verbo designare, que traz o sentido de desígnio (intenção) e de desenho (configuração), ou seja, planejar e dar forma. De acordo com a World Design Organization (WDO), o design, no contexto industrial, é uma estratégia para a resolução de problemas, que impulsiona a inovação, traz sucesso para os negócios e melhora a qualidade de vida das pessoas por meio de produtos, sistemas e experiências.
Nesse sentido, design é um processo que busca soluções criativas e inovadoras para produtos e serviços, que depende da análise crítica do problema para idealização, planejamento, desenvolvimento e teste para, então, definir as resoluções mais eficientes, inteligentes, sustentáveis, estéticas e funcionais em prol das necessidades do público e oportunidades do mercado.
Lígia Fascioni, consultora, especialista em marketing e doutora em Engenharia de Produção e Sistemas com foco em Gestão Integrada do Design, acredita que o design se sustenta pelo tripé: projeto – conceito – estética / (e incluímos) funcionalidade: “ Um bom projeto, que possibilite a produção em escala; um conceito que explique por que o objeto é feito dessa maneira e não de infinitas outras possíveis, com suas funções e porquês; e a preocupação estética (senão não vende)”, )”, afirma. Além de ser algo que funcione e seja útil para o público.
Entre as principais áreas do design estão:
– Design de produto;
– Design gráfico;
– Web design;
– Design de ambientes;
– Design de moda;
– Design thinking (conceito) entre outras.
Importância do design
O design está presente em todas as áreas de uma empresa: no produto ou serviço, na marca, na forma, nos materiais, nas cores, na tipografia, na embalagem, nos pontos de venda, nos impressos, nas mídias digitais e em todos os materiais promocionais. Vai muito além do software ou de fazer um layout bonito.
O design cria valor e é elemento de diferenciação para produtos e serviços, potencializando qualquer negócio. Por meio do design, uma empresa pode ganhar em:
– Inovação e funcionalidade
Pesquisas e soluções originais, usabilidade, melhor experiência de consumo, sustentabilidade, agregando valor ao produto ou serviço;
– Identidade e comunicação
Gera reconhecimento de marca, conexão com o público por meio de sua marca, conceito, identidade visual, materiais gráficos, linguagem visual e comunicação.
– Criatividade
Liberdade na criação, concepção e desenvolvimento de projetos, aliando sempre estética e funcionalidade.
– Diferencial
Um dos principais fatores de destaque para produtos e serviços, trazendo algo único para os consumidores.
E vale dizer que não é apenas sobre o produto ou serviço em si, é sobre pessoas. É sobre pesquisa, pensar o dia a dia do público, das comunidades, no que as deixam felizes, conhecê-las propriamente; pensar na cultura, nos costumes, no aprendizado, na troca, na mudança, na colaboração, no ambiente, na humanização e no conceito elaborado a partir daí. Como dizia Steve Jobs, “design não é só aparência, mas também como as coisas funcionam”. É sobre entender processos e reconhecer oportunidades para tornar a vida melhor.
