Orkut re.a.ti.va.do! Depois que o site do Orkut voltou a funcionar, muitas dúvidas pairam sobre a cabeça de milhões de usuários das redes. O assunto foi um dos mais buscados nos últimos dias. Será que volta? Será apenas um teste ou blefe? E como ficam as outras mídias sociais?
O site foi reativado no dia 27 de abril com mensagem de seu fundador, o turco Orkut Büyükkökten. No anúncio, ele enfatiza o poder de conexão da sua mídia social e criticou as redes atuais, afirmando que está construindo algo novo.
“Acredito que o orkut.com encontrou uma comunidade porque reuniu muitas vozes diversas de todo o mundo em um só lugar. […]
O mundo precisa de bondade, agora mais do que nunca. Há tanto ódio on-line nos dias de hoje, e nossas opções para encontrar e construir conexões reais são poucas e distantes entre si. […] Nossas ferramentas on-line devem nos servir, não nos dividir. […] “Acredito no poder da conexão para mudar o mundo. Acredito que o mundo é um lugar melhor quando nos conhecemos um pouco mais. […] E é por isso que estou construindo algo novo. Vejo você em breve!”
Rede mais popular do Brasil nos anos 2000, o Orkut conquistou mais de 300 milhões de usuários ao redor do mundo e unia fotos, depoimentos e as tão famosas comunidades, sendo extinto em 2014. A rede foi criada antes do Facebook, que foi o responsável pela queda da concorrente, e também chegou a ser afiliada da Google, mas o projeto não foi adiante. Para a tristeza dos nostálgicos, mesmo se essa volta for real, infelizmente pode não ser possível recuperar fotos ou fazer login na conta antiga.
Qual será o futuro das redes sociais?
O anúncio do Orkut foi feito logo depois que Elon Musk, dono da Tesla e SpaceX, fechou um acordo para adquirir o Twitter por cerca de US$ 44 bilhões, afirmando que deseja uma rede social não enviesada e que seja um lugar livre para as pessoas expressarem sua opinião. Nesse contexto, o empresário deve alterar algumas políticas da rede, como os banimentos permanentes, o que traria de volta figuras como o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. A negociação divide a opinião do público, e muitos passaram a pedir, então, a volta do Orkut.
Em 2018, quando Büyükkökten criou a Hello, já se posicionava como um grande crítico dos monopólios de grandes empresas de tecnologia. Na ocasião, reforçou que sua nova rede social era “sobre amor e não sobre curtidas”.
Enquanto isso, o Facebook de Mark Zuckerberg, agora Meta, aposta no metaverso, ambiente que integra o mundo real e virtual por meio de tecnologias como realidade virtual, realidade aumentada e hologramas. Já o TikTok, principal concorrente, segue na escalada, sendo o aplicativo mais baixado no primeiro trimestre de 2022.
O WhatsApp promete novidades para o Brasil depois das eleições. A rede diz que, em breve, será possível enviar mensagens para grupos, também chamados de comunidades, com mais de 256 participantes, além de enviar arquivos de até 2GB.
Outras mídias sociais também despontam, como o BeReal, plataforma francesa lançada em 2020 e que se apresentou como anti-Instagram, prometendo uma vida sem filtro e mais verdadeira. O app permite a publicação de apenas uma foto por dia e sem uso de filtro. Com essa proposta desafiadora, o BeReal atrai principalmente aqueles que já estão cansados dos “excessos” e “vida perfeita” do Instagram, sobretudo o público jovem da geração Z.
Não se dando por vencido, o Instagram não para de mudar, investindo mais na publicação de Reels, DMs, criação de conteúdo, humanização e proximidade com o público.
Outro aplicativo em alta é o Mastodon, concorrente do Twitter, que admite postagens de até 500 caracteres, criação de comunidades e tem código aberto, permitindo a customização do app. A rede conta com cerca de 4 milhões de usuários contra 126 milhões do Twitter.
Nessa corrida, o movimento de Orkut pode ser apenas marketing para alguns. Diante da possibilidade de que, eventualmente, a Hello possa não ter emplacado, agora o empresário aproveita o momento para resgatar uma marca forte e tentar uma nova empreitada. Será? Aguardemos os próximos capítulos. Fato é que a dança das cadeiras e as mudanças das mídias sociais não param.
E você, o que acha desse anúncio e das transformações das mídias sociais? Deixe seus comentários.